Corte de árvores na Praça Central: falta de transparência e proteção do Meio Ambiente em Garopaba
- Assessoria
- 22 de mai.
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Atualizado: 5 de jun.

Na última terça-feira (20/05), um dos assuntos abordados por Rodrigo na Tribuna da Câmara de Vereadores, não poderia ser outro: a remoção de árvores na Praça Governador Ivo Silveira, localizada no centro de Garopaba.
A ação, realizada mais cedo naquele mesmo dia, provocou indignação aos moradores, gerando questionamentos sobre a preservação da fauna local. Da espécie Araucaria columnaris, originária da Oceania, as árvores eram utilizadas como abrigos pela ave conhecida como “maritaca” ou também chamada no município de “caturrita”. Vídeos registrados no momento do corte mostram a presença da diretora de Educação Ambiental do Instituto do Meio Ambiente de Garopaba (IMAG), Mariana Cristina Zucchi.

Na tribuna, Rodrigo expressou preocupação com a supressão das árvores e sugeriu ações para um manejo mais sustentável do paisagismo urbano. Com a obra “Paisagismo Sustentável”, do botânico e paisagista Ricardo Cardim, em mãos, o vereador destacou a importância de uma gestão da arborização no município.
“É uma literatura muito importante que orienta como lidar com o paisagismo e a arborização urbana”, afirmou o vereador, que enviou um Pedido de Informação ao IMAG, dirigido ao presidente do instituto, Matias Lima Rodrigues, para esclarecer os motivos da remoção das árvores.
Rodrigo também questionou a ausência de estudos fitossanitários, que são estudos que avaliam a saúde e vida da espécie e a necessidade de seu corte e os riscos que poderiam representar, especialmente em eventos como a Quermesse, devido à proximidade com comércios e o ponto de táxi.
“A gente sabe que são árvores exóticas, que não exigem necessariamente um estudo ambiental para serem suprimidas, mas precisamos de um diagnóstico técnico que demonstre se havia risco. Também pergunto se existe um plano de arborização com exemplares nativos, porque estamos no bioma Mata Atlântica, e é importante fazer esse processo de troca”, reforçou.
O vereador ainda enfatizou os benefícios de uma praça arborizada, como a redução de calor, sombreamento, embelezamento da cidade, diminuição de ruídos e poluição, além da preservação da ecologia local.
“A cantoria das maritacas é um grande atrativo da praça, um som ambiente que temos há muitos anos. É triste ver árvores sendo suprimidas, mesmo sendo exóticas, sem um planejamento claro”, lamentou.

Rodrigo ressaltou a preocupação com o destino dos ninhos das maritacas, que, segundo informações obtidas por ele no local, com o Secretário de Turismo, Serginho Lima, foram encaminhados ao Instituto Gaia. O vereador solicitou a comprovação documental dessa transferência, além de informações sobre o número de árvores previstas para supressão na praça e a cópia da autorização emitida pelo IMAG para o corte.



